Métodos tradicionais do ananás dos Açores

Conferimos um elevado cuidado a todas as fases de maturação e procuramos colher cada fruto na altura certa, garantindo assim as melhores condições na hora de os consumir.

Produzido em Estufas de Vidro

O Ananás do Açores resulta de um conhecimento secular com a construção das primeiras estufas de vidro, no Paço de Nossa Senhora da Vida.

Cama Quente

Coloca-se serradura e aparas de madeira no terreno para melhorar a sua estrutura e incenso para criar uma "cama quente" (30 – 40ºC) e fornecer os principais elementos nutritivos que a planta carece.

Capação da coroa

Os rebentos que nascem na coroa, além de não serem necessários para o crescimento do ananás dos Açores, esgotam sensivelmente a planta, roubando-lhe princípios alimentares necessários ao seu desenvolvimento. Por essa razão, procedemos à capação da coroa , eliminando o olho terminal, evitando assim a origem de novas folhas.

> CONHECER A HISTÓRIA

O processo de florescimento do fruto

O processo de florescimento do fruto através da operação de fumo foi ocasionalmente descoberto no século XIX por um antepassado da família, José Bento Arruda Botelho, o que fortalece aquele que é o conhecimento de excelência.

Método tradicional de produção do ananás dos Açores passo a passo

4 a 6 meses

TOCA

As "tocas" são colocadas no solo, lado a lado em linhas paralelas, para "abrolhar". Posteriormente cobrem-se com uma camada de terra com 10 cm de espessura, regada semanalmente, ou de 15 a 15 dias, conforme a época do ano e o estado de secura dos materiais incorporados no aterro.

6 a 8 meses

BROLHO

Após 6 meses, os propágulos vegetativos atingem cerca de 30 cm, e podem ser transferidos da toca-mãe para outra estufa, cujo "aterro" já foi previamente preparado. É essencial cortar as raízes e desfolhar a base do caule, para favorecer a emissão de novas raízes que ajudam a absorver os elementos nutritivos e consequentemente assimilar as novas plantas.

9 a 11 meses

PLANTA DISPOSTA

Plantam-se os brolhos em quadrados de 27,5 x 27,5 cm. Seguem-se as mondas, regas e caiações dos vidros da estufa, quando necessárias. As regas favorecem a fermentação, com consequente elevação da temperatura e humidade do solo, o que permite às plantas criar raízes melhor e mais rapidamente.

9 a 11 meses

CAIAÇÃO

Caiam-se as estufas com cal, para evitar a queimadura das folhas. As aplicações variam com a época do ano, sendo mais frequentes durante a primavera e verão, quando a intensidade luminosa é maior.

12 a 15 meses

PLANTA DEFINITIVA

Num quadrado de 55 x 55 cm colocam-se as plantas definitivas. As que não podem ser utilizadas na produção de ananás são separadas das outras e colocadas no exterior das estufas, devidamente identificadas.

18 a 21 meses

FUMIGAÇÃO

Consiste na indução da floração, para a tornar antecipada e homogénea. Queimam-se materiais vegetais, normalmente ramada de criptoméria seca, usando-se, para o efeito, latas onde os materiais são postos a arder, colocados no passeio central da estufa.

22 a 29 meses

COLHEITA

No momento de arrancar a planta que produziu bom fruto, desfolha-se e extrai-se, por corte, a base do pedúnculo, para se obterem novas tocas e reiniciar todo o processo.

Sociedade Agrícola do Paço de Nossa Senhora da Vida, Lda.

Freguesia de Ponta Garça, Vila Franca do Campo, São Miguel, Açores, Portugal

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