Método tradicional de produção do ananás dos Açores passo a passo
4 a 6 meses
TOCA
As "tocas" são colocadas no solo, lado a lado em linhas paralelas, para "abrolhar". Posteriormente cobrem-se com uma camada de terra com 10 cm de espessura, regada semanalmente, ou de 15 a 15 dias, conforme a época do ano e o estado de secura dos materiais incorporados no aterro.
6 a 8 meses
BROLHO
Após 6 meses, os propágulos vegetativos atingem cerca de 30 cm, e podem ser transferidos da toca-mãe para outra estufa, cujo "aterro" já foi previamente preparado. É essencial cortar as raízes e desfolhar a base do caule, para favorecer a emissão de novas raízes que ajudam a absorver os elementos nutritivos e consequentemente assimilar as novas plantas.
9 a 11 meses
PLANTA DISPOSTA
Plantam-se os brolhos em quadrados de 27,5 x 27,5 cm. Seguem-se as mondas, regas e caiações dos vidros da estufa, quando necessárias. As regas favorecem a fermentação, com consequente elevação da temperatura e humidade do solo, o que permite às plantas criar raízes melhor e mais rapidamente.
9 a 11 meses
CAIAÇÃO
Caiam-se as estufas com cal, para evitar a queimadura das folhas. As aplicações variam com a época do ano, sendo mais frequentes durante a primavera e verão, quando a intensidade luminosa é maior.
12 a 15 meses
PLANTA DEFINITIVA
Num quadrado de 55 x 55 cm colocam-se as plantas definitivas. As que não podem ser utilizadas na produção de ananás são separadas das outras e colocadas no exterior das estufas, devidamente identificadas.
18 a 21 meses
FUMIGAÇÃO
Consiste na indução da floração, para a tornar antecipada e homogénea. Queimam-se materiais vegetais, normalmente ramada de criptoméria seca, usando-se, para o efeito, latas onde os materiais são postos a arder, colocados no passeio central da estufa.
22 a 29 meses
COLHEITA
No momento de arrancar a planta que produziu bom fruto, desfolha-se e extrai-se, por corte, a base do pedúnculo, para se obterem novas tocas e reiniciar todo o processo.